A proposta do Jardim Botânico de Serra Grande (JBSG) surge no ano de 2018 e constitui um modelo inovador que traz como princípio a manutenção in situ de espécies da Mata Atlântica com finalidade de investigação científica, conservação, exposição e educação.

A ideia é que agricultores e proprietários de imóveis situados no corredor ecológico, ao visualizarem a paisagem botânica existente como uma só, se reconheçam como elos interconectados e partes do JBSG. Até o ano de 2021 , formalizamos como integrantes da Proposta JBSG a Unidade do Viveiro do Floresta Viva e a Unidade da Fazenda Caititu, com apoio da Human Network Brasil. 

Cada uma dessas unidades conta com um projeto paisagístico, para receber visitantes em trilhas interpretativas, que propiciam a apreciação de exemplares da flora local bem como o aporte de informações sobre seu ambiente natural.

Visando contribuir com a emergência de uma bioeconomia local e regional, o projeto encontra sinergia com diversas iniciativas do território: estímulo à silvicultura tropical com espécies nativas, os povoamentos agroflorestais, a movelaria sustentável, pinturas, música, artesanato, cosméticos, alimentos e gastronomia.

Plano da “Sede” do Jardim Botânico

Elaborado pela equipe com o suporte de Irina Biletska, arquiteta que reside em Serra Grande. A elaboração do plano para a “Sede” do Jardim Botânico teve como um dos motivos a formação de um ponto focal do qual as ações do Jardim Botânico se irradiam por toda a região. A “sede” pretende gerar atividades auto-sustentáveis para a manutenção das ações primordiais de preservação e recuperação do ecossistema da Mata Atlântica. Muitas espécies ameaçadas de extinção já estão sendo produzidas no viveiro e um amplo cadastro de proprietários de reservas naturais está contribuindo para a consolidação do JBSG, preservando espécies in situ, as quais estão sendo marcadas e monitoradas pelo IFV.

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CONSERVAÇÃO

Integrando as ações de pesquisa e conservação da Mata Atlântica do Sul da Bahia, o Instituto Floresta Viva se tornou o guardião de uma área de 282 hectares, denominada Campo Cheiroso. A área está situada entre o distrito de Serra Grande e o município de Itacaré.

Com o compromisso de preservar a biodiversidade da Mata Atlântica do sul da Bahia, a atuação será destinada à transformação do Campo Cheiroso em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).  Este espaço será dedicado à preservação dos serviços ecossistêmicos e manancial de águas, desenvolvimento científico e educação ambiental, além da promoção do turismo científico e pedagógico.

O Campo Cheiroso abriga o ecossistema Mussununga, uma joia da Mata Atlântica Costeira, ainda pouco estudada e vulnerável. A área conta com espécies endêmicas e ameaçadas, e, por isso, é essencial promover sua conservação.

O Instituto Floresta Viva foi um dos selecionados, no ano de 2023, no edital “Teia de Soluções” com foco em propostas fortalecedoras para áreas naturais protegidas. 

Este edital é realizado em parceria entre a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e o Governo do Paraná.

Por meio do edital, o Instituto vem recebendo apoio financeiro para execução de pesquisas na área do Campo Cheiroso, voltadas para o mapeamento da flora e fauna, análises de solo, campanhas de campo para diálogo com a comunidade local e levantamento de atrativos turísticos de base comunitária.  

Com o respaldo de especialistas em ecologia e botânica, buscamos preservar a diversidade de espécies de fauna e flora, muitas das quais são endêmicas ou ameaçadas de extinção. Nosso objetivo é estabelecer um santuário de vida selvagem e um exemplo de conservação para as futuras gerações.

INTEGRAÇÃO TERRITORIAL

No ano de 2023 o Floresta Viva completou 20 anos de atuação! Para celebrar este marco em nossa história, realizamos, em nossa sede, um evento de aniversário. Com mais de 80 convidados que incluíam pessoas da nossa equipe, conselheiros do Instituto, pesquisadores, líderes de organizações do terceiro setor, autoridades do poder público, acadêmicos de universidades, membros da comunidade local e doadores, tivemos um dia repleto de trocas e homenagens para a equipe. 



Como apoiador técnico e decorativo, marcamos presença na VI edição do Festival de Arte e Gastronomia e na segunda edição do Festival de Blues e Jazz de Serra Grande. Com mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, destacamos a importância da preservação ambiental e o papel das florestas na manutenção da biodiversidade e do clima. Além disso, durante o Festival de Blues e Jazz recepcionamos em nossa sede uma oficina de produção de instrumentos musicais sustentáveis com o músico e produtor Palazin.

A Universidade Comunitária é uma iniciativa realizada pela Tabôa que busca facilitar o acesso e promover o diálogo entre os muitos saberes existentes no território de Serra Grande, valorizando conhecimentos locais.

Os colaboradores do Floresta Viva Célio Haroldo de Jesus e Nilson Antônio dos Santos foram convidados a compartilhar seus conhecimentos no curso de Produção de Mudas Nativas da Mata Atlântica. A formação foi realizada nos dias 21 e 22 de outubro e contou com a participação de 12 pessoas. Através de atividades teóricas e práticas foram compartilhadas informações sobre a produção de espécies de árvores nativas da Mata Atlântica do Sul da Bahia e como utilizá-las em programas de reflorestamento. 

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